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terça-feira, 17 de maio de 2011

Hipertensão arterial: homens com maior força muscular vivem mais, mesmo quando hipertensos

Como já era sabido, a força muscular é inversamente associada à mortalidade1 geral em homens saudáveis. O estudo atual, publicado no Journal of the American College of Cardiology, mostrou que esta mesma associação foi encontrada em homens hipertensos.
Participaram do estudo Aerobics Center Longitudinal Study 1.506 homens hipertensos com 40 anos ou mais. O período de seguimento foi de 1980 a 2003, no qual ocorreram 183 mortes. Após ajustes estatísticos, os participantes com maior força muscular mostraram menor risco de morte. Quando a força muscular e a aptidão cardiorrespiratória foram analisadas em conjunto, aqueles com maior força muscular, associada à melhor aptidão cardiorrespiratória tiveram o menor risco de mortalidade1.
Os resultados mostram que a maior força muscular protege homens hipertensos de morte por todas as causas e isto parece ser um benefício que se soma à maior aptidão cardiorrespiratória.

Fumo, diabetes, pressão alta e obesidade abdominal.

Fumo
É altamente agressivo para as artérias, endurecendo-as, diminuindo sua espessura e ajudando a formação das placas de gordura. Além disso, aumentanos processos inflamatórios que aceleram o entupimento das artérias. Fumar significa colocar no organismo mais de 4.700 substâncias tóxicas, entre elas a nicotina, o monóxido de carbono e alcatrão. As vantagens para quem deixa de fumar são compensadoras: 8h após o último cigarro, o nível de oxigênio se normaliza, dois dias depois o olfato e o paladar funcionam melhor e, de cinco a dez anos após o término do vício, o risco de infarto volta a ser o mesmo daqueles que nunca fumaram. Além disso, a queima do tabaco e seus produtos é um dos maiores poluentes domiciliares, prejudicando todos os membros da família

Diabetes
Controlar o açúcar no sangue reduz o risco de doenças do coração. Muitas vezes, descobre-se o diabetes quando problemas na retina (olhos), nos rins, nos nervos das pernas já estão presentes, por isso a importância de saber da existência da doença o quanto antes para trata-la corretamente. O diabetes acelera o depósito de gordura nas artérias, provocando maiores complicações. Os valores normais das taxas de açúcar no sangue devem ser entre 70 e 99 mg/dL em jejum. Considera-se diabetes quando são iguais ou maiores que 126 mg/dL. Valores entre 100 e 125 mg/dL apontam estado de pré-diabetes e devem ser confirmados mediante outros exames.

Pressão alta
A pressão alta surge quando as artérias dificultam a passagem do sangue e o coração precisa bombear com mais força, resultando num esforço extra para distribuir o sangue. A pressão é considerada elevada quando está com valores iguais ou maiores que 140 mmHg por 90 mmHg, medidas em duas ou mais ocasiões. Excesso de sal, viver sob estresse, peso elevado, falta de atividade física e excesso de bebida alcoólica podem causar aumento da pressão. Evitando-se esses fatores, é possível controlá-la, mesmo quando existir a tendência familiar. A pressão alta é uma doença silenciosa, mas suas complicações causam danos em órgãos vitais como cérebro (derrame), coração (insuficiência cardíaca) e rins (doença renal).

Obesidade abdominal
A circunferência da cintura maior que 94 cm para o homem e 80 cm para a mulher é indicador de obesidade abdominal, ou seja, muita gordura acumulada na região da barriga, que oferece maior risco ao coração.

domingo, 15 de maio de 2011

Como cuidar do seu coração - colesterol alto


A saúde do nosso coração depende de nós, das nossas escolhas e dos nossos hábitos. A sabedoria popular diz “você é o que você come” e, de fato, a comida que ingerimos tem um grande impacto na nossa saúde e bem-estar, interferindo diretamente na nossa qualidade de vida. A correria do dia a dia e os avanços da tecnologia fazem com que nos preocupemos cada vez menos com o nosso estilo de vida e o resultado disso é alimentação inadequada, sedentarismo, estresse e maior número de doenças. Hábitos de vida saudáveis como alimentação equilibrada, atividade física regular, ausência de fumo e controle emocional reduzem o risco de desenvolver doenças crônicas, como as doenças de coração (infarto do miocárdio, angina e até mesmo a morte súbita).

Como identificar, tratar e prevenir os fatores de risco
cardiovasculares
Os principais fatores de risco para o coração já são nossos velhos conhecidos como o colesterol alto, o cigarro, o diabetes, a pressão alta, a obesidade (principalmente o acúmulo de gordura na barriga), a falta de exercício físico, a alimentação inadequada e, finalmente, o estresse e a depressão. Hoje sabemos que medidas preventivas como controlar o colesterol alto, não fumar, comer mais frutas e hortaliças e fazer exercícios físicos regularmente reduzem em 80% o risco de doenças do coração! O que estamos esperando?

Colesterol alto
O colesterol é uma importante substância para o nosso organismo, pois é fundamental para a fabricação de hormônios e outros componentes essenciais. Por isso 70% do colesterol de nosso corpo é produzido pelo fígado, sendo os outros 30% obtidos da dieta. Entretanto, há vários tipos de colesterol. O LDL-colesterol é conhecido como “colesterol ruim” porque é ele que, quando em excesso no sangue, se deposita facilmente na parede das artérias, formando as placas de gordura ou placas de aterosclerose que causam obstrução à circulação do sangue, propiciando o infarto e o derrame. Já o HDL-colesterol é chamado de “bom colesterol”, porque remove o colesterol ruim da circulação.A luta contra o colesterol ruim é antiga. Os valores ideais de LDL-colesterol estão cada vez menores, sendo recomendado que sua taxa no sangue seja menor que 100 mg/dL. Se fazendo dieta e exercícios não atingirmos essas metas, devemos tomar remédios indicados pelo médico para esse fim. É importante também verificar o HDL-colesterol. Se ele estiver alto (acima de 60 mg/dL), protege o coração dos efeitos prejudiciais do LDL-colesterol. Aumentar o HDL-colesterol não é tarefa fácil, depende de muito exercício físico, diminuição o peso e dos triglicérides (gorduras que circulam no sangue), pois quando estes estão aumentados, diminuem o HDL-colesterol. A maior preocupação em relação ao colesterol elevado é que o indivíduo não sente nada até apresentar um problema cardíaco, que pode ser fatal. Além da dieta inadequada, fatores genéticos, diabetes, hipotireoidismo, obesidade, fumo, álcool e alguns remédios podem aumentar o colesterol no sangue. Dessa forma, devemos nos atentar à nossa história familiar, aos nossos hábitos e às medicações que utilizamos.